domingo, outubro 4

Amália a cantar há 70 anos

Amália a cantar há 70 anos.


Em Julho de 1939, tremia a Europa face a uma guerra iminente, noticiava um título da imprensa fadista que Amália Rodrigues tinha tirado a Carteira Profissional. A menina que dera nas vistas a cantar na marcha de Alcântara e em algumas verbenas era agora “fadista profissional”.
Amália fez do fado a sua profissão. De fé e de vida. Hoje questionamo-nos sobre o seu modus facienti, qual a real percepção que dela têm os fadistas que começam agora, e quantas canções inspirou, começando logo pelo tão seu “Fado Amália”.
De Amália temos ainda a memória quotidiana, mas o que perdurará serão os seus registos, e houve muitos. Hugo Ribeiro captou-lhe a voz como ninguém; como era Amália em estúdio?
Em algumas Grandes Noites de Fado, quando aparecia, Amália afirmou que ficaria muito triste se saísse alguma melhor fadista que ela; estava a ser sincera, e é indubitável que para os novos fadistas é uma referência. Manuel Halpern definiu um conceito a que chamou “o futuro da saudade” que reside nestas novas gerações.
“Amália acham o meu jeito engraçado”, cantava a fadista, e muitos se inspiraram nela para escrever outras canções mundo fora. Tiago Torres da Silva tem-nas compilado e partilha-as connosco.
A Associação retoma as suas actividades na Fonoteca Municipal,seguindo os objectivos de divulgar o património fadista, dá-lo a conhecer,e perspectivar histórias do fado.
Trabalhar com a Fonoteca foi sempre grato para a Associação que não esquece ter sido das primeiras instituições a abrir-nos as portas para as Jornadas de Fado em 1996
com um ciclo sobre a Severa.
Regressamos este ano graças apenas ao empenho e perseverança dos associados.
O primeiro evento para apresentar um trabalho de investigação de José Manuel Osório que fixou as coordenadas biográficas de fadistas, guitarristas,poetas, e autores e assim traz á luz do dias de hoje muito da história do fado que corre o risco de se perder.Este trabalho de laboriosa pesquisa integra-se num plano mais vasto da editora Moviepley Portuguesa de edição dos registos fonográficos masterizados e digitalizados do catálogo de uma das mais importantes discográficas nacionais, a Alvorada.
Amália é a primeira vez que a APAF lhe dedica um ciclo para celebrar a sua entrada oficial na vida profissional de "cantadeira de fados", assim rezava a Carteira Profissional.
Numa das Jornadas de Fado, tivemos ocasião de apresentar o inventário das gravações da fadista na posse da Valentim de Carvalho,agora vamos tentar perceber como era a intérprete em estúdio com o técnico de som Hugo Ribeiro que tantas e tantas vezes a gravou.
O jornalista a escritor Manuel Halpern vai fazer-nos olhar para a referência que Amália é para quem começa nestas lides. e a encerrar o ciclo outro nome que a conheceu, o poeta Tiago Torres da Silva que inventariou um conjunto de canções além mundo inspiradas no talento e na personalidade da fadista

1 comentário:

  1. boa noite
    foi para mim uma honra e um prazer encontrar o vosso sait, pois ha muito que n tenho noticias vossas. eu um amigo do coração, em que o fado está bem vivo dentro de mim.
    Para os dirigentes um abraço des vosos amigo. que é ! fotomaninha@hotmail.com ou www.fotomaninha.net

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